Monthly Archives: maio 2016

Histórias de Israel: o rabino xiita e o general de esquerda

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Libanês que foi agente infiltrado no Hezbollah vê filho condecorado, em meio a agito político sobre a atuação das forças armadas
 Libanês que foi agente infiltrado no Hezbollah vê filho condecorado, em meio
a agito político sobre a atuação das forças armadas

Um libanês muçulmano que fugiu para Israel e se converteu ao judaísmo já é um espanto em si. Mas a trajetória que levou o xiita Ibrahim Yassin a se tornar o rabino Avraham Sinai é tão inesperada que não parece verdade.

Aliás, muitas coisas estão acontecendo atualmente em Israel e seu entorno que provocam estranhamento à primeira vista, quando a realidade é que estão entranhadas na história de um país que ainda vai fazer 70 anos, com uma religião – e uma narrativa – de quase seis milênios.

Confira abaixo essa incrível história, contada pela jornalista Vilma Gryzinski, em sua coluna Mundialista de ‘Veja’.

O pai, o filho e uma guerra nada santa

O rabino Sinai apareceu em público na semana passada, quando seu filho Amos, integrante da conhecida Brigada Golan, foi um dos 120 militares que receberam uma comenda do presidente Reuben Rivlin. Para fins de propaganda, sua história é espetacular e vale ser contada.

Quando era Ibrahim Yassin, ele viveu a infernal guerra civil no Líbano. Diz ter visto um grupo de combatentes palestinos – um dos principais componentes estrangeiros do conflito – amarrarem sua filha entre dois carros, cada um levado em direção oposta.

A mulher de Yasmin estava prestes a dar a luz, sem nenhuma assistência, quando Israel entrou diretamente no pantanal libanês. Yassin pediu ajuda a uma patrulha israelense, sua mulher foi levada de helicóptero para Haifa e ele se tornou um colaborador.

Naquela época, um grupo militar xiita chamado Hezbollah estava começando a agir, disputando o poder com a outra organização criada pelo Irã, a Amal. Uma célula do Hezbollah capturou Yassin. Ele foi torturado pessoalmente por Imad Mugnieh, que depois se tornaria um personagem conhecido e ao qual voltaremos mais adiante.

“Não tinha um dia em que eu não desmaiasse aos pés dele”, disse o ex-xiita a uma televisão israelense. Até que seu filho pequeno fosse levado ao calabouço e “queimado vivo na minha frente”. Yassin diz que convenceu o grupo de sua inocência, entrou para o Hezbollah  e, durante dez anos, operou como  um precioso agente de Israel.

Em 1997,  quando achou que ia cair, recebeu ajuda dos israelenses para fugir com a família. Converteu-se, mudou de nome, virou rabino e Amos, o soldado homenageado, é o quarto filho de Yassin, hoje Avraham Sinai, a prestar serviço militar nas Forças de Defesa de Israel, o nome das forças armadas do país, chamadas de Tsahal ou pela sigla em inglês, IDF.

Nessa época do ano, Israel tem datas importantes, como o aniversário de sua fundação e o Dia do Memorial do Holocausto (5 de maio). Num discurso nesse dia, o major-general Yair Golan, vice-chefe do estado maior das forças armadas, fez uma declaração execrável, habitualmente ouvida entre as esquerdas de todo mundo que, por má fé, ignorância ou antissemitismo puro e duro, comparam a repressão israelense aos palestinos à Alemanha nazista.

“Se tem uma coisa que me apavora nas memórias do holocausto, é identificar os hediondos processos que aconteceram na Europa há 70, 80 e 90 anos e encontrar sinais de sua existência aqui, entre nós, em 2016”, disse Golan. A esquerda mais à esquerda de Israel diz coisas semelhantes, mas é claro que na boca de um general a repugnante comparação provocou uma bombástica discussão política.

Ainda mais depois que o chefe de Golan, Moshe Yaalon, o ministro da Defesa, apoiou indiretamente as declarações, conclamando todos os oficiais a “não ter medo de falar o que acham”. Yaalon também havia dito que perde o sono à noite por causa da minoria que “tenta influenciar a imagem e os valores” das forças armadas.

Desde antes da criação do estado de Israel, forças antagônicas disputam o comando político e a condução militar do país. Os ultra-nacionalistas, que perderam esse confronto lá atrás, renasceram em diversas correntes, integradas ou rompidas com o jogo político tradicional. O primeiro-ministro Yitzhak Rabin, por exemplo, foi assassinado pelo militante de um grupo que reunia todos os extremos: religioso, nacionalista e supremacista.

O caso mais recente envolve um sargento ligado a essa matriz, Elor Azaria, que atirou num palestino já dominado, depois de um ataque a facadas, a modalidade de violência que mais preocupa os israelenses atualmente.

Houve uma enorme reação à prisão de Azaria entre os ultra-nacionalistas. Foi a ela que Yaalon se referiu. O ministro, que não tem nada de esquerdista, disse também que isso não é questão de direita ou esquerda e que as forças armadas não admitirão soldados “rápidos no gatilho, vinganças ou perda do auto-controle”.

Perda de disciplina é o pesadelo de qualquer comandante militar, ainda mais num país minúsculo, com os problemas que Israel tem. Mas, como Yaalon avançou pelo terreno político, teve que se retratar: as forças armadas, disse depois de chamado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, seguem as orientações dos governantes eleitos pelo povo.

Parece óbvio e, evidentemente, não é, tanto pelo papel e a importância  dos militares de carreira na vida nacional, quanto pelo fato de que todos os israelenses, à exceção da maioria dos religiosos ultra-ortodoxos, têm que mandar seus filhos para fazer o serviço militar.

Curiosamente, um dos assuntos menos estrondosos dos últimos dias em Israel foi a morte, numa “grande explosão”, do comandante militar do Hezbollah, Mustafa Badreddine. Ele estava na Síria, operando o contingente dos libaneses xiitas que lutam para impedir a queda de Bashar Assad e a consequente derrocada para a minoria muçulmana, rompida e em estado de guerra com a maioria sunita.

Saiba mais: Líder do Hezbollah é morto em explosão perto de Damasco

O fato mais comentado, em Israel, foi que Badreddine não parece ter sido alvo de nenhuma operação israelense. Não há escassez de inimigos para o Hezbollah na Síria – 1 400 de seus combatentes já foram mortos lá e não parece que os vivos enfrentem perspectivas muito mais tranquilas.

Mas todos os antecessores de Badreddine foram mortos por Israel. Entre eles, Imad Mughniyeh, o iniciante que torturava o rabino Avraham Sinai quando ele ainda se chamava Ibrahim Yassin. Mughniyeh ascendeu ao topo no Hezbollah. Foi morto numa explosão em Damasco, em 2008. Seu filho, Jihad, também morreu num bombardeio israelense que acertou uma comitiva de líderes do Hezbollah e de seus operadores iranianos.

Ostensivamente, Israel só interfere na Síria para pegar homens marcados para morrer, por atentados terroristas praticados contra israelenses, ou impedir a transferência de mísseis antiaéreos de alta precisão para o domínio do Hezbollah no Líbano. É claro que o país opera em várias outras frentes, guiado por uma premissa que parece mais difícil de responder do que nunca, embora tão complicada quanto sempre: como defender melhor os seus interesses nacionais?

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Fonte: Veja/Mundialista


Foto de menina de 9 anos orando por morador de rua viraliza

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A publicação foi compartilhada mais de 10 mil vezes

A publicação com a foto da pequena Harmony foi compartilhada mais de 10 mil vezes

A foto de uma garotinha orando por um morador de rua em Chicago, os EUA, viralizou nas últimas semanas depois de ter sido publicada no Facebook.

O registro foi compartilhado pela prima da pequena Harmony, Aris Billingsley. Ela contou que a menina acabou de completar 9 anos e surpreendeu a família com seu pedido de aniversário. Ela optou por presentes que pudessem ser doados para pessoas em situação de rua.

“Então, minha priminha Harmony fez 9 anos na semana passada. Perguntaram o que ela queria ganhar de aniversário e ela pediu que toda a família aparecesse, mas que comprasse presentes para ela dar para pessoas em situação de rua! Então, ela foi a um abrigo e distribuiu presentes e dinheiro”, escreveu Aris.

No dia de entregar os presentes, Harmony aproveitou para orar por um morador de rua. Emocionado com a ação da menina, o homem se abaixou e chorou e foi nesse momento que Aris tirou a foto.

“É incrível que o coraçãozinho dela seja tão grande! Tudo em Chicago é real… o amor é real, o ódio é real, os assassinatos são reais, a pobreza é real! E essa é uma foto real da minha priminha incrível orando de verdade por um morador de rua. Eu pensei em compartilhar a foto com vocês porque me tocou, como tocou o homem, que se abaixou chorando. Se quiser compartilhar algo, compartilhe isso”.

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Fonte: Catraca Livre


China: mulher tenta impedir demolição de igreja e é enterrada viva

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Divulgação/ China AidUma mulher foi enterrada viva ao tentar impedir a demolição de uma igreja em Zhumadian, na província de Henan, na China. Ding Cuim e o seu marido, o reverendo Li Jiangong, colocaram-se diante dos tratores que se preparavam para derrubar o templo. Os dois foram empurrados para dentro de uma vala pelos funcionários, que seguiram o trabalho. Li Jiangong conseguiu cavar um caminho até a superfície, mas infelizmente não foi capaz de salvar sua mulher, que morreu asfixiada.

“Vou ser responsável por suas vidas”, disse um membro da equipe de demolição antes de empurrá-los, de acordo com o site China Aid, grupo de direitos humanos com sede nos EUA. A organização, sem fins lucrativos, é focada na liberdade religiosa do país mais populoso do mundo.

Os dois homens responsáveis pela morte foram detidos na noite após o incidente. O reverendo Li Jiangong foi supostamente avisado para não discutir o caso, e não se manifestou sobre a morte da mulher com a imprensa.

O crime ressalta a crescente perseguição do governo chinês às minorias religiosas. Milhares de igrejas em todo o país foram demolidas no ano passado, e dezenas de pastores foram presos sob acusações forjadas de corrupção, de acordo com militantes que monitoram a situação.

David Curry, presidente e CEO da organização Portas Abertas, nos EUA, disse ao site da Fox News que o governo chinês parece determinado a reduzir o perfil da igreja, e força os pastores a se reunirem semanalmente com as autoridades locais para explicar seus sermões.

Segundo a AFP, o presidente do país, Xi Jinping, afirmou em uma reunião que as organizações religiosas chinesas devem obedecer ao Partido Comunista.

“Os grupos religiosos devem aderir à liderança do Partido Comunista da China”, disse Xi a altos funcionários do partido único em uma conferência de dois dias que terminou no sábado, segundo a agência de notícias “Xinhua”.

Na China, vivem centenas de milhões de budistas, cristãos e muçulmanos. Enquanto deseja guiar estes grupos, o Partido Comunista reprime organizações religiosas não oficiais. Desde que Xi Jinping chegou ao poder em 2012, o governo adotou uma linha mais dura a respeito da sociedade civil e das religiões.

Na província de Zhejiang, na região leste do país, as autoridades demoliram várias igrejas e retiraram crucifixos nos últimos anos. A iniciativa afetou centenas de paróquias, segundo grupos de defesa dos direitos humanos.

Já em Xinjiang, região chinesa de maioria muçulmana, fontes locais afirmam que o controle está mais rígido sobre a prática do jejum durante o mês do Ramadã.

O governo chinês afirma que os cidadãos gozam de liberdade de culto, mas que existe uma ameaça terrorista em Xinjiang por conta da presença de extremistas islâmicos.

Nos anos 1970, Pequim desistiu de erradicar a religião organizada e optou por controlar a prática religiosa através dos templos, igrejas e mesquitas autorizados. Estas instituições propagam um discurso que mistura teologia com a retórica comunista.

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Fonte: Extra